Corrente Do Verde


Responsabilidade Ambiental

 

A questão ambiental é um tema importante para os dias de hoje e para todo o século que inicia. Um tema que transcende o imediatismo, tanto pelo lado do “ecologismo publicitário”, quanto pelo lado do desenvolvimento economicamente sustentável.

 

Quero partir de um artigo que me inspirou a repensar a relação entre o homem e a natureza. O texto de Vininha Carvalho, publicado na sessão saúde e bem estar, apresenta aquilo que parece ser o cerne da questão ambiental.

 

O título do texto “Natureza, descubra que você faz parte dela!” é mais do que um pedido. Ele é o anúncio de um problema, quase que um chamado de urgência. Não aquela urgência que lota os saguões dos hospitais ou pede que chamemos os policiais ou bombeiros. Mas um outro tipo, que pode soar engraçada a alguns ouvidos desacostumados ou destreinados em ler nas entrelinhas.

 

Por mais que digam que vivemos em um mundo civilizado, moderno, inovador (aquilo que alguns chamam de “civilização da informação”) e que bárbaros eram nossos antepassados, ainda percebemos que alguma coisa está fora da ordem. Muito tempo se passou desde que nos distanciamos da vida nas cavernas e fomos ocupando as planícies, domesticando o fogo, plantas e animais e aprendemos a subjugar outros seres humanos e explorar o seu trabalho. Milhares de anos nos distanciam daquelas formas “primitivas” de humanidade.

 

Mas de lá pra cá essa humanidade foi se desenvolvendo, se disseminando. Multiplicou a riqueza de alguns e deixou outros ainda mais pobres. Difundiu muitas informações e mascarou tantas outras. Apoderou-se de novos recursos naturais, desenvolveu tecnologias, formas de organização e de exploração do trabalho. A humanidade criou mecanismos de regulação e desregulamentação, de controle e autocontrole, tudo isso entrecortado por períodos de guerras e tratados de paz, e permeado por um ad eternum uso e abuso da natureza.

 

Antes de prosseguir neste texto, um aviso: Se ainda não leu o texto de Vininha Carvalho, por favor, faça um favor a você e ao futuro do seu planeta, e leia-o. Pare aqui esta leitura e corra pro texto dela, pois no parágrafo seguinte eu vou ser o estraga-prazer e vou contar o final da história.

 

Se você já o leu, ou mesmo sem ter lido deseja saber o final, eu conto. O texto encerra com a seguinte frase: “A partir do momento que o ser humano se conscientizar da importância de suas atitudes em prol do equilíbrio da natureza, estaremos construindo um mundo melhor em perfeita sinergia com o planeta”.

 

Esta frase que encerra o texto de Vininha parece simples, mas é bastante complexa.

 

As palavras-chave utilizadas (momento, ser humano, conscientização, atitude, sinergia, equilíbrio, natureza, mundo, planeta) expressam de maneira muito exemplar tudo o que o texto quer passar. Vininha, se me permitem uma observação pessoal, com encadeamento das palavras-conceitos e a síntese delas numa só frase merece muitos elogios. Não simplesmente pela síntese que ela fornece, fazendo com que cheguemos ao final do texto com a curiosidade aguçada, mas pela história que a seqüência de conceitos está contando.

 

A frase parece querer contar uma história: A história resumida da vida na Terra.

 

Uma história que transcorre num tempo-espaço (MOMENTO) e tem como personagem principal um indivíduo racional e emotivo caracterizado por sua capacidade de organização em sociedade (SER HUMANO). Este ser, que antes era menos consciente de sua responsabilidade acaba tomando conhecimento do seu lugar (CONSCIENTIZAÇÃO) e resolve empenhar uma ação (ATITUDE), a um só tempo, em sintonia (SINERGIA) e de mínimo efeito negativo (EQUILÍBRIO) em relação à disponibilidade de recursos (NATUREZA). Esse indivíduo racional e emotivo passa a transformar os recursos através da apropriação, produção e reprodução. Ele dá forma e retro-alimenta um sistema (MUNDO), sistema que ocupa e se alastra por todo o corpo celeste que habita (PLANETA).

 

Por enquanto é o único Planeta que podemos habitar e devemos ter consciência que somo parte dele. Não devemos ter resistência em assumir nossa parcela de culpa e também nossa importante responsabilidade para o futuro. A tarefa colocada é de reformularmos nossa relação com a natureza e entre nós seres humanos.

 

Nas palavras de Vininha Carvalho: “Quem não se preocupa em preservar a natureza é porque tem medo de assumir o seu papel dentro dela.” E isso é bastante grave. Mesmo que o sistema capitalista e o ser humano tentem avançar por outras fronteiras através do espaço sideral, esta ainda é a nossa única casa. Esta é nossa única Terra, nossa única Gaia, tão forte e sólida por dentro, mas tão frágil por fora.

Sobre o Autor

 

 

Ricardo S. Dagnino é geógrafo formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestre em Geografia e doutorando em Demografia pela Universidade Estadual de Campinas. E-mail: ricardosdag@gmail.com

 

Ass:Magno Ferreira Da Silva

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Parque Estadual Do Rio Doce

 

 

 

 

O Parque Estadual do Rio Doce está situado na porção sudoeste do Estado, a 248 km de Belo Horizonte, na região do Vale do Aço, inserido nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo.

 

A unidade de conservação abriga a maior floresta tropical de Minas, em seus 36.970 hectares e é a primeira unidade de conservação estadual criada em Minas Gerais. O Decreto Lei nº 1.119 (.pdf - 39Kb), que criou oficialmente o Parque, foi assinado 14 de julho de 1944.

 

Patrimônio Natural

 

Árvores centenárias, madeiras nobres de grande porte e uma infinidade de animais nativos compõem o cenário de um dos poucos remanescentes de Mata Atlântica, no Brasil: o Parque Estadual do Rio Doce.

 

Com um notável sistema lacustre, composto por quarenta lagoas naturais, dentre as quais destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até 32,5 metros, o Parque proporciona um espetáculo de rara beleza. As lagoas abrigam uma grande diversidade de peixes, que servem de importante instrumento para estudos e pesquisas da fauna aquática nativa, com espécies tais como bagre, cará, lambari, cumbaca, manjuba, piabinha, traíra, tucunaré, dentre outras.

 

No Rio Doce é possível encontrar espécies da avifauna como o beija-flor besourinho, chauá, jacu-açu, saíra, anumará, entre outros. Animais conhecidos da fauna brasileira também são freqüentes no Parque. A capivara, anta, macacos-prego, sauá, paca e cotia, bem como espécies ameaçadas de extinção como a onça pintada, o macuco e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.

 

Com o objetivo de aproveitar a riqueza da flora, de forma sustentável, o parque possui um herbário, que possibilita a identificação de espécies principalmente através da análise de suas características morfológicas, constituindo a base de pesquisas taxonômicas.

 

História pra contar

 

As primeiras iniciativas no sentido de preservar o Parque Estadual do Rio Doce surgiram no início da década de trinta, pelas mãos do arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, conhecido como bispo das matas virgens. Mas só em 1944 tornou-se oficialmente Parque, o primeiro de Minas Gerais.

 

Infra-estrutura

 

O Parque oferece uma completa infra-estrutura para atendimento a turistas e pesquisadores. Portaria, estacionamento, área de camping, vestiários, restaurante, anfiteatro, Centro de Visitantes, Centro de Pesquisas, Viveiro, posto de Polícia de Meio Ambiente.

 

Visitação:

 

A área de camping:

A área de camping foi reaberta ao público em 31 de outubro de 2008.

Horário de Funcionamento: 7 às 18 horas

Telefone de contato: (31) 3822-3006

 

Como chegar ao Parque:

 

Saindo de Belo Horizonte pela BR 262, seguir no sentido de Vitória e entrar no entroncamento para São José do Goiabal, entre João Monlevade e Rio Casca. Depois, prosseguir 6,5 km asfaltados pela BR 320. A partir daí, segue-se a sinalização até a entrada do parque. Outra opção é seguir pela BR 381, sentido Belo Horizonte-Governador Valadares, passando por Timóteo. Dali, até o parque, são 20 km de estrada de terra.

 

Distância de Belo Horizonte ao Parque: 248 km

 

Anexos:

Mapa de localização no Estado (.pdf - 578Kb)

Mapa de rodovias de acesso (.pdf - 838Kb)

Plano de Manejo

 

Conselho Consultivo

Clique aqui para acessar as informações sobre a eleição de membros para o biênio 2008/2009

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Quanto vale uma gota de água?

O amigo leitor já parou alguma vez para pensar quanto custa ou vale uma simples gota de água? Uma simples gota de água parece não valer muita coisa, afinal estamos em um país onde ainda temos água doce em abundância, e uma simples gota de água seria apenas uma gota de água. No entanto quando falta água em nossas torneiras, percebemos o quanto aquela simples gota de água nos faz falta. Alguns meses atrás eu escrevi um post comentando a importância de evitar o desperdício de água , mas será que todos nós damos a real importância para esse bem tão ...